10 dicas para ser um bom Dj

25/02/2011 22:42

Quem não quer atacar de DJ hoje em dia? Tem senhora de 80 anos atacando, tem crianças atacando, tem ex-BBB atacando (a mais nova é a Lia, ex-reboleira) e pode crer que, quando menos esperar, você também estará dando uma canja. Mas como fazer isso sem “dar um Moisés”, que é como os DJs chamam aquela situação em que uma pista cheia vai abrindo no meio até não sobrar ninguém?

1) ORGANIZE SUA MÚSICA

Na hora do aperto, você não quer perder segundos preciosos atrás daquela música. Ela é tão perfeita para o momento, mas você vira freneticamente as páginas do seu case e tudo que vê são coletâneas de lounge. Para evitar o mico, organize-se! Pode ser por gênero, artista, tipo de balada, época, só não deixe seu material disposto como um shuffle desgovernado.

2) CONHEÇA SEU PÚBLICO

Essa é óbvia, mas como se esquece disso! Chegar com montes de tech-house para tocar em uma festa com público acima dos 50 anos? Não vai rolar. Achar que seus hits de Donna Summer e Chic vão arrasar numa pista cheia de molecada franjuda e de esmalte preto? Esquece.

3) SE INFORME SOBRE O LUGAR

É uma festinha para 20 pessoas? É um salão gigante onde cabe algumas centenas? É mais para bar ou é baladão com pista? É um clube onde público em geral vai se misturar com seus conhecidos? Ambientes diferentes pedem sons diferentes.

 

4) QUE HORAS? QUANTO TEMPO VOCÊ TEM?

Se você vai tocar por uma hora só, não há porque levar um super-case com 300 CDs. Você tem menos chance de dispersar e pode reunir apenas as melhores músicas. E é bom saber se você vai abrir a noite, tocar no auge da festa ou bem no finalzinho. De que adianta entrar com um som rasgando e doido se o público nem tomou seu primeiro drink.

5) CONHEÇA O EQUIPAMENTO

É claro que você não precisa dominar os painéis de efeitos especiais de um mixer Pioneer. Mas você deve pelo menos saber soltar um CD sem ter que chamar o técnico ou sem que um volume desproporcional exploda nas caixas. Domine o básico: volumes, botões de play/pause, graves/médios/agudos e os canais onde vão sair o som de picapes, CDJs, iPods ou laptops.

6) TREINE SUA SEQUÊNCIA

Fundamental. Na sua cabeça, parece uma boa ideia emendar aquela faixa do Basement Jaxx depois de um Daft Punk? Pois na hora de ouvir, pode ser que não soe tão bem. Se você gastar algumas horas experimentando viradas, sequências e transições, vai descobrir o que funciona ou não. Vai poder imaginar também seu set como um todo.

7) PLANEJE UMA SURPRESA

Tá certo que pode ser menos arriscado programar vários hits para sua discotecagem. Mas tem tanta graça? São as surpresas e escolhas imprevisíveis que destacam o DJ imaginativo do rebanho. Como quando Laurent Garnier tocou o remix de Marky e Xerxes para Roberto Carlos no Lov.e. Ninguém esperava. A casa caiu.

8) PESQUISE

Aqui vale o mesmo princípio de fugir do óbvio. Gaste um tempinho ouvindo música que você não conhece, reouvindo coisas ou descobrindo outras faixas ou remixes de um artista que as pessoas gostam. Pode ter muito mais efeito tocar uma versão rara de “Music”, da Madonna, do que o original que todo mundo conhece.

9) CHEQUE SEU MATERIAL

Vale a pena. Diminui a praticamente zero a chance de você por um CD que pula, um MP3 de baixa qualidade ou um vinil riscado que estala.

10) CONCENTRAÇÃO

Hora de tocar é hora de tocar. É o seu momento, é para isso que você se preparou. Deixe conversinha ou virar umas tequilas com os amigos para depois. Quer dançar e vibrar com o público? Vai que vai. Só não esqueça do som. É preferível um DJ que dança pouco, mas toca bem, do que o oposto. Por outro lado, não abstraia do público. É para ele que você está tocando, fique sempre ligado em como seu som está sendo recebido.

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